sábado, 23 de outubro de 2010

:)

Mady é uma grande amiga, nos conhecemos a uns bons cinco anos, desde a época da escola. Ela é aquele tipo de menina que nasceu para ser popular, porém não faz muito usode sua beleza para isso, não concientemente é claro. Mady tem os cabelos castanhos claros lisos, sabe aquele liso escorrido, reto? Então, é assim; ela tem um físico magro porém elegante, anda sempre bem maquiada e arrumada. Ela seria o tipo de garota que chamaríamos de fofa só que de um jeito um pouco dark. Mady tem um estilo meio puxado para coisas darks, mas nada de apavorante, ela só...curte.
- E aí, quanto tempo hein? - ela diz me empurrando para o lado. Realmente tinha bastante tempo que não nos víamos, uns cinco dias.
- Oi! realmente não é? você vive sumindo, muito ocupada você. - brinco.
- Pois é não é... - Ela ri. - Então, o que andou fazendo nesses dias Sunny?
- Ah, nada de mais, só em casa mesmo, você sabe que eu não sou de sair... E você?

Chegamos ao carro, abro as portas e ofereço uma carona até a casa dela, já que não tenho o que fazer mesmo, vou levá-la em casa. Ela aceita então, entramos no carro, dou a partida e saimos do estacionamento. Até agora ela não havia me respondido a pergunta, sobre o que tinha feito esse tempo todo, quando após esse longo tempo ela responde:
- Conheci umas pessoas aí, pessoas super bacanas sabe Sunny, tenho saído com eles. Você devia vir com a gente. - Ela sorri me encoranjando.
- É, talvez eu devesse mesmo. - Retribuo o sorriso.

Chego na casa de Mady nos despedimos e quando ela sai do carro e fecha a porta ela volta e se debruça na janela do carro.
- Hein Sunny, eu e o pessoal que te falei vamos sair hoje a noite, sabe aproveitar a sexta-feira. Vem com a gente, garanto que vai gostar deles.

Ela espera por minha resposta, como eu não digo nada ela continua:
- Pensa a respeito... Mais tarde te ligo. Beijo beijo.
- Hm, tá... tchau - Me despeço de Mady com um aceno. Quando ela chega na porta de casa eu dou partida no carro e pego o caminho pra minha casa.

Chego em casa faminta, já passava do meio dia, fui até a cozinha ver se achava alguma coisa pra comer. Abro a geladeira. Hm, nada de interessante. Pego umas frutas que estavam na geladeira, corto e faço uma salada de frutas simples, coloco um pouco de açucar por cima e vou para a sala ver alguma coisa na tevê.
Assim que acabo de comer, meu o telefone toca. Como não tenho identificador de chamada não faço idéia de quem está ligando. Atendo.
- Alô?

silêncio.

- Alôôu? - Repito.

Do outro lado ouço somente a respiração da pessoa que está do outro lado da linha. Eu estava prestes a desligar quando ouço uma voz grave sussurrar o meu nome. Assustada fico sem palavras e antes que eu pudesse responder ou falar qualquer coisa a pessoa desliga.
 
* * *

sábado, 9 de outubro de 2010

Continuação... '-'

Chego na faculdade em cima da hora. Estaciono o carro na primeira vaga que vejo. Meu carro é um citroen c3 de 2004 preto, não é um carro tão novo mas ele me serve muito bem. Ganhei ele no meu 18º aniversário, assim que meu pai recebeu a notícia de que seria trasnferido.

Peguei minhas coisas e fui direto para a aula. Quando cheguei na sala o professor já estava lá, estava falando das provas que fizemos semana passada. Pelo que eu ouvi as notas não tinham sido nada boas. Pedi licença e fui me sentar no meu lugar de costume naquela aula.
No meio da aula, meu celular toca, infelizmente eu esqueci de colocá-lo no vibracall então, lá está aquela mesma música do meu despertador tocando de novo e agora alto o bastante para que todos na sala ouvissem. Recusei a ligação e me retirei da sala para ver quem havia ligado.
Quando olhei quem havia ligado, me deparei com o mesmo número que havia ligado mais cedo. Acho que dá tempo de eu retornar agora, pensei. Disquei o número e esperei. Chamou uma, chamou duas, na terceira vez atenderam. Do outro lado uma voz grave falou alô. Respondi e perguntei se alguem havia ligado para o meu número. a pessoa do outro lado da linha não respondeu. Durante longos trinta segundos a única coisa que ouvi foi a respiração da pessoa do outro lado da linha. E então, a pessoa desliga. Olho para o telefone sem nada entender... Hm, estranho, penso. Me viro e volto para a sala.
Após um longo dia de aulas sem nada de especial, me encaminho para o carro, ir para a casa e esfriar a cabeça, seria um belo plano para o resto do dia. Enquanto não acho nenhum estágio estou tendo muito tempo livre de tarde. Foi aí que percebi, ainda não havia visto a Mady hoje, de repente surge alguem do meu lado: Mady.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Somethin'

Era um dia como outro qualquer, eu acordei com o despertador do celular tocando. Tocando a mesma musica de sempre. Aquilo me fez pensar por que eu nunca mudo o toque. Levantei. Me sentei na cama e parei. Fiquei sentada na cama pensando, pensando em simplesmente nada. Sabe quando você para no tempo e percebe que não está pensando em nada? Nada passa pela sua cabeça durante pelo menos um minuto.

Após esse longo minuto de pensamentos vazios me levanto e vou até o banheiro. Lavo meu rosto para melhorar a aparência. Volto para o quarto e vou até meu guarda-roupa para procurar uma muda de roupa para vestir. Abro as portas e paro para examinar minhas opções. Após outro longo minuto decidindo o que cairia melhor, me decido por uma calça com um jeans escuro meio manchado e uma regata preta bem simples, eu não estava a fim de me arrumar melhor. Como era um dia como outro qualquer eu percebi que aquela roupa estava perfeita. Me vesti. Me olhei no espelho. “Poxa, está faltando alguma coisa” Pensei. Fui até minha gaveta onde guardo muitas coisas. Se não é roupa ou sapato e é um objeto qualquer, vai pra gaveta. Examinando-a pego um dos meus dois cordões. Escolho um cordão prata que tem comprimento um pouco maior que um cordão comum, com um pingente de estrela. É uma estrela pequena, não muito exagerada, feita em topázio azul. É um pingente muito bonito. Não me canso de admirá-lo toda vez que eu o coloco. Penteio o cabelo e o deixo solto, repartido de lado. Tenho sorte pelo cabelo que tenho, ele geralmente fica legal de qualquer jeito. Meu cabelo é do tipo encaracolado, com raiz lisa e cachos abertos nas pontas.
Após me vestir desço para tomar o café da manhã. A casa está vazia a não ser pelo meu gato. Um gato preto muito fofo com uma curiosa mancha branca na testa em uma forma que lembraria uma estrela. Hm. Estrela. O nome dele é Felix, e ele está no seu lugar preferido, o balcão da cozinha, tirando um cochilo. Minha mãe costuma sair cedo para o trabalho e geralmente quando eu acordo ela não está por lá. Meu pai foi para uma viagem de trabalho à 6 meses atrás, a empresa o mandou para sua filial na Índia, mais precisamente em Dubai. Eles o mandaram para lá para passar três anos como vice presidente da empresa. Todo mês ele nos manda uma quantia para cobrir as despesas da casa, mas minha mãe estava num ótimo momento no trabalho dela, quase perto de ganhar a promoção que ela tanto sonhou, então ela não largou o emprego. Ela conversou comigo para saber se eu me importava e o que eu achava. Eu e minha mãe sempre tivemos um relacionamento super aberto, conversamos sobre tudo e não costumamos ter segredos. Eu disse a ela que estava tudo bem.
Abri a geladeira e dei uma olhada no que tinha para tomar café. Eu não estava a fim de comer nada, então achei um pouco de suco na jarra, coloquei no copo e antes de dar o primeiro gole eu ouço aquela mesma musica que toca quando eu acordo. Meu celular estava tocando. Quem estaria ligando uma hora dessas? Procuro pelo celular e percebo que o deixei lá no quarto. Subo as escadas correndo. Tropeço no ultimo degrau da escada. Respiro fundo. Hoje eu estava estranhamente calma. Chego ao quarto e pego o celular e vejo a chamada perdida. Não conheço esse número, pensei. Vou retornar, decidi. Mas olho para a hora e percebo que estou atrasada. Droga! Peguei minha mochila, já pronta no dia anterior e desço correndo as escadas. Pego a chave do carro e dou um beijo de despedida em Felix.

* * *