domingo, 22 de abril de 2012

"A noite estava fria, nevava calmamente do lado de fora. Voltando para casa, ela estava de pé na plataforma esperando o metrô. Estava com seu habitual agasalho para dias como aquele. O local estava praticamente vazio, a não ser por um casal que estava do outro lado, esperando o metrô para o sentido contrário ao dela. Olhando para o relógio, ela vê que nem é assim tão tarde para que não haja pessoas por ali. Pessoas não costumam sair muito em dias como aquele. Ela adora estar fora de casa em dias assim. O frio. A neve branquinha caindo sobre ela... 
Tomada de seus devaneios pelo som do metrô se aproximando, ela vai até o final da plataforma, esperar. Ele para, as portas se abrem e ela entra no vagão, procurando um lugar para se sentar. Ela se senta de frente para as janelas, para, mesmo que pouco, ver o tempo lá fora. 
Passeando os olhos pelo vagão, ela percebe que não está sozinha. Do outro lado do vagão está um homem sentado, ele está no canto, numa posição de quem parece estar dormindo, com as pernas esticadas para frente, o corpo para baixo, braços cruzados junto ao tórax. Ele está vestindo um sobretudo preto, coturnos pretos e está com um chapéu, também preto, cobrindo-lhe o rosto. Ela analisou por alguns instantes a figura do homem e então um arrepio percorreu seu corpo. Não um arrepio de frio.
Ela então, volta sua atenção para a janela. Ainda tinha bem uns vinte minutos de viagem pela frente. Apenas ficou lá, observando o clima e neve caindo do lado de fora do vagão. O metrô fez as paradas regulares em casa estação... Em uma delas uma pessoa entrou, mas desceu logo na próxima. 
Ela simplesmente se deixou levar pelo clima. Limpou toda sua mente e sem pensar em nada, ficou imóvel observando a paisagem. Foi aí que começou. A luz do vagão, piscou. Ficou cerca de segundos desligada. Quando a iluminação voltou, ela, instintivamente olhou ao redor. Ela ficou confusa quando percebeu que o homem do outro lado do vagão não estava mais lá. Vasculhou com os olhos por todo o lugar e nem sinal daquele homem. Não haviam parado em estação alguma. Ela não o viu desembarcar... Seu cérebro pareceu dar um nó. Não entendia aquilo. Voltou sua atenção para a janela, resolvendo se acalmar... E então, ouve um segundo apagão. Rápido como o primeiro. Ela resolveu não tirar os olhos da janela. Não queria correr o risco de ver se aquele homem iria aparecer por ali de novo ou não. No escuro, permaneceu com os olhos nas janelas. No momento em que a luz volta, um rosto aparece na janela. Com as mãos coladas no vidro como se quisesse entrar. Seu rosto era assustador! Possuía uma expressão terrível, como se estivesse gritando! Não havia olhos. A única coisa que ela via eram buracos negros onde deviam estar os olhos. Não havia olhos. Mas seja o que fosse, estava olhando diretamente para ela. Assustada não consegue se mover...
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Chega a estação na qual ela devia desembarcar. As portas do vagão se abrem. As portas do vagão se fecham. Ninguém desce daquele vagão. O vagão está vazio."
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ii~ Ficou horrível essa pequena narração... Sem sentido. xD
Mas, quis postar. Acho que metrô e estação dão sempre ótimas histórias de terror... º-º
Só não acho que desenvolvi o bastante... Enfim...~
;*